Em minha cama


Por: Fabiana Massoquette


Em minha cama, eu vejo promessa

Eu vejo um futuro sem pressa

Como uma remessa de esperança

Colorindo o ar


Em minha cama, eu vejo

Algo mais que desejo

Leve, como um gracejo

Sou eu, outra vez, a sonhar


Desde aqui eu vejo

Eu, outra vez, menino

Brincando, fazendo meu ninho

Em um andar, que mais parece flutuar


Em minha cama eu vejo

Desejos e sonhos

Eu vejo um ser risonho

E eu me proponho

Não me deixar escapar


Em minha cama, eu vejo o novo

Vejo um mar que não é revolto

Convidando-me para um conforto

Onde eu estou envolto

Em braços a me acarinhar

4 comentários:

  1. Seu poema reportou-me para o sul da França, lendo-o consigo sentir o aroma do fim de tarde na primavera, em que é possível perceber o perfume da lavanda que suavemente viaja com o vento. A medida que você escreve,os seus versos lembram-me o balé de Isadora Duncan, não há regras, mas o movimento acompanha aquilo que vai no coração. Ela dançava com a alma, e você a transpõe em palavras.

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  2. Uau!!! Que lindo comentário! Obrigada!

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