Por: Fabiana Massoquette
Escrevo o que penso, o que sinto, o que vejo
Escrevo também aquilo que almejo
Meu mais secreto desejo
Escrevo o que me falta
E o que me sobra
Escrevo aquilo que em mim transborda
Escrevo para curar-me
Escrevo para adorar-te
Escrevo para devorar cada novo amanhecer
Eu escrevo para não enlouquecer
Pois minhas palavras gritam, suplicam e explodem
E o meu mundo elas sacodem
Falando o que não posso dizer
O que devo esquecer
Matando-me sem deixar-me morrer
Revivendo-me sem que eu tenha que renascer
Assim mantenho a pose
E pareço normal mesmo em close
Já que ninguém sabe o que aqui dentro passa
E eu, com minha máscara,
Brinco entre jogos e trapaças