
Por: Fabiana Massoquette
O cinza me apavora,
Devora!
Nubla meu coração
Ausente de emoção
Que por fora ri
Brincando de ser feliz
Mas por dentro chora
Solidão que devora
Cansado de partir
De tanto ir e vir
Despedidas e boas-vindas
Lágrimas sem fim!
Será que algum dia não mais sentirei saudade?
Será que verei meu futuro com claridade?
Rimas e versos não resolvem
Questões que me consomem!
Mas escrever é desnudar-me
Não que eu queira
Mas é minha arte
Minha maneira de afastar-me da dor
De transformá-la em flor
Adubando com a beleza das palavras tristes
Meu jardim de realeza,
Que ainda não existe