
Quero sementes mágicas
E terra adubada
Para poder plantar meu futuro
Quero jardins de prosperidade
Árvores floridas de felicidade
Que cresçam além desse muro
Quero ver o sol
Em pescaria, lançar meu anzol
Até penetrar, sem medo, o abismo escuro
Quero colher frutos de amor
Arrancar ervas daninha de dor
Limpar, semear meu lugar
Antes da chuva chegar,
Entre abril e julho
Quero plantações de esperança
Sentir na face, a brisa da bonança
E que nas janelas de minh’alma
Eu vislumbre a calma
Enxergando sempre a estrela Dalva
Luz a me guiar
Busco a alegria de cada despertar
Ao saber que tudo ocupa seu lugar
Almejo construir meu paraíso
Sentir-me em casa, é o que preciso
Aqui ou ali, não importa
Pois meu futuro voa
Mesmo tendo uma asa torta
Sei que continuo escondida
Atrás da porta
Mas, faço valer o que importa
Aprendi, depois de tanto tempo,
Que posso ser como o vento
Seguindo com desprendimento
Parando quando dá vontade
Voando leve,
Desfazendo-me da saudade
E de qualquer contratempo
Porque meu mundo, de verdade,
Não está lá fora,
Mas aqui dentro