
Cansei-me de versos tristes
Mas não posso encontrar o que aqui não existe!
Deixarei de lado as frases sombrias
Que farei agora que tenho a alma fria?
Quero abrir as janelas e respirar
Creio que vou sufocar, me falta ar!
Por calar,
Por deixar de amar,
Por entregar-me ao azar
Ceguei meus olhos para a beleza
Sequei meu coração para o amor
Guardei meu riso e brincadeiras e
Meu jeito divinal de flor
Apaguei o antes
E matei o depois
Que faço agora, que já não sei rimar a dor?
Por: Fabiana Massoquette

Me cansé de versos tristes
Pero no puedo encontrar lo que aquí no existe!
Dejaré al lado mis frases sombrías
¿Qué haré ahora que tengo el alma fría?
Quiero abrir las ventanas y respirar
Creo que voy a sofocar!
Por callar,
Por dejar de amar,
Por entregarme al azar
Cegué mis ojos para la belleza
Sequé mi corazón para el amor
Guardé mis juguetes y la risa
Apagué mi manera de flor
Borré el antes
Y maté el después
¿Qué hacer ahora que no sé rimar el dolor?
Por: Fabiana Massoquette
Se Florbela Espanca (poetisa portuguesa 08/12/1894 - 08/12/1930) fosse viva, seguramente iria comentar o seu blog com este poema dela:
ResponderExcluir"Horas mortas... Curvada aos pés do Monte
A planície é um brasido e, torturadas,
As árvores sangrentas, revoltadas,
Gritam a Deus a benção duma fonte!
E quando, manhã alta, o sol posponte
A oiro a giesta, a arder, pelas estradas,
Esfíngicas, recortam desgrenhadas
Os trágicos perfis no horizonte!
Árvores! Corações, almas que choram,
Almas iguais à minha, almas que imploram
Em vão remédio para tanta mágoa!
Árvores! Não choreis! Olhai e vede:
- Também ando a gritar, morta de sede,
Pedindo a Deus a minha gota de água!"
P.S.: Agora que pensei neste poema, vou colocá-lo no meu blog, com uma fotografia do lugar onde nasceu Florbela Espanca, que ajuda a melhor sentir cada palavra.
Gosto muito de Florbela Espanca, tenho um livro de poesia dela aqui comigo. :)
ResponderExcluirFabi, és uma artista. Cada vez me impressiono mais com teus poemas.
ResponderExcluirObrigada!
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