
Otro cielo

Defensa de la alegría

Defender la alegría como una trinchera
defenderla del escándalo y la rutina
de la miseria y los miserables
de las ausencias transitorias
y las definitivas
defender la alegría como un principio
defenderla del pasmo y las pesadillas
de los neutrales y de los neutrones
de las dulces infamias
y los graves diagnósticos
defender la alegría como una bandera
defenderla del rayo y la melancolía
de los ingenuos y de los canallas
de la retórica y los paros cardiacos
de las endemias y las academias
defender la alegría como un destino
defenderla del fuego y de los bomberos
de los suicidas y los homicidas
de las vacaciones y del agobio
de la obligación de estar alegres
defender la alegría como una certeza
defenderla del óxido y la roña
de la famosa pátina del tiempo
del relente y del oportunismo
de los proxenetas de la risa
defender la alegría como un derecho
defenderla de dios y del invierno
de las mayúsculas y de la muerte
de los apellidos y las lástimas
del azar
y también de la alegría.
Caricatura: Andres Cascioli
Poesia: Mario Benedetti
Hoy, estoy utilizando a Benedetti como mi psicólogo. Las dos poesía que he postado de él dicen todo lo que necesito "escuchar". Después de esto, lo único que puedo hacer es irme a la cama y reflexionar en mis sueños.
Mudança

Primeiro, eu mudei de endereço
Troquei de bairro, mudei de andar
Dividi meus dias com outras pessoas
Depois, troquei de cidade
De país, de costumes e de idioma
Mudei o número do meu telefone
Troquei o número de identidade
Não funcionou!
Mudei de curso
Cortei o cabelo e mudei a cor
Mudei meu sorriso
Meu jeito de falar
Minhas roupas
Mas, alguma coisa não consigo mudar
É algo que levo dentro
Que não sai, nem se transforma
Mudo por fora, querendo colocar ordem por dentro!
De uma maneira que não sei como
Vou por caminhos estranhos,
Fecho portas e abro estradas
Que me levam para dentro
Faço o meu casulo
Aguardo o momento
Demora...
Mas é meu tempo
Tempo de esperar, criar asas
Florescer outra vez dentro de mim!
Por: Fabiana Massoquette
Cuando pensé en ti

Hoy hablé de ti, después de mucho tiempo
Y extrañé estar en tus brazos
Sentí nostalgia del día que nos conocimos
Cuando posaste tu mirada sobre mi por primera vez
Las noches de amor interminables
Tus caricias y tus abrazos
Extrañé tus bromas
Y tu manera de ir mezclándote conmigo sin darte cuenta
Extrañé tu forma de pelear consigo mismo porque yo te gustaba.
¡Cuántas veces me enfadé contigo!
Podríamos haber vivido mucho más
Pero seguimos otros caminos y nunca me quisiste en tu vida
Tampoco te abrí la mía, a pesar de casi enamorarme de ti
Hoy, te extrañé y no lo niego
Como no te extrañaba hace mucho tiempo
Yo, que casi olvide tu nombre…
Pero hoy, el sonó en mi boca como un beso
Como nuestros longos e interminables besos
Tantos encuentros sin tiempo
Tantas cosas por vivir
Y todo dejado por la mitad
Con prisa, cogí mi maleta abarrotada de vacío,
Donde no cabían tus recuerdos
Seguimos en vuelos con destinos separados
Quizás otro día como hoy no vuelva a ocurrir,
Por eso sólo me resta decir:
¡Hasta nunca más!
Por: Fabiana Massoquette
Uno sólo puede escribir lo que lleva en el alma, ¿verdad? Es mi primera vez en un blog, por eso me parece raro dejar mis textos sueltos así en un "cyberspace". ¿Será que alguien lee lo que escribo?
Lo que llevo por dentro
Fabiana Massoquette
Por mi ventana veo la oscuridad de mis pensamientos
Veo el descarriar de mis sentimientos
Así como un vacío que me toma
Una angustia que me agobia
Es un morir por dentro, una claustrofobia
Los sueños que un día tuve, ya no son míos
Se fueron y se tiraron al vacio
Mi alma también se encuentra perdida
En mi cara tengo una sonrisa contorcida
Las fotos en las paredes son acontecimientos sin razón
Ya no hago bellas frases, poesías, ni canción
En el escenario la lluvia o el invierno sobran
El frio que llevo en mi corazón si transborda
Siento falta de mí,
Estoy ausente de mí y de mi risa
Dejé la angustia y las dudas devoraren mi cuerpo
Me siento perdida
Sin consuelo no me reconozco al mirarme en el espejo
¿Donde están mis ojos de esperanza y mis deseos?
Me rio alto intentando hacerme resonar
Necesito otra vida, mucho más que respirar
¿Convencerme que soy feliz?
Difícil, hace tiempo mi mundo se tornó gris
Me tranco en mí
¿Y las llaves donde las puses? Estarán por ahí
Quizás ya no sé como liberarme, ni volver a ser lo que era
Es que tal vez ya no sé ser primavera
Inspiração e dias melhores não chegam via SEDEX 10

Esperei uma noite de inspiração e ela não chegou. Esperei pelo dia que eu acordasse diferente, aquele dia em que ocorre um estalo e tudo muda na vida. Esperei escrever o melhor texto do mundo... e nada. Lembro-me que meu professor dizia que escrever não é inspiração, é técnica. E o que dizer da vida? Qual a técnica para viver uma vida plena? Algo que pudéssemos repetir uma e outra vez sem problemas, assim como no mito de eterno retorno (Nietzsche).
Esperar, simplesmente esperar, não enche as páginas de um blog, nem uma vida de doces momentos. Talvez vivemos na época da frustração, da insatisfação. Temos sempre que ser O MELHOR, porém este posto só pode ser ocupado por um e nós somos tantos. O sucesso implica em muitas coisas. Tantos desejos e falsas necessidades servem apenas para encher-nos de concretos vazios. Queremos ter um corpo perfeito, ser um profissional sensacional, com um super emprego, um carro fabuloso, uma casa grande e equipada, uma conta recheada de dinheiro, viagens, amores, festas...
Eu ligo a televisão e vejo coisas que não existem, que nunca ocorrerão na minha vida. Pela TV tudo é tão perfeito! A garota anda pela rua e tropeça no homem ideal que se apaixona por ela. É claro que ela não ronca, não tem espinhas, celulites, quilos extras, cabelo rebelde ou chulé.
O que acontece se a minha alma gêmea se "equivocou" e casou com outra (mais jovem, mais magra e mais peituda)? O que acontece se eu nunca conhecer Nova York? O que acontece se eu nunca conseguir parecer-me a Marilyn Monroe? O que será de mim se meu escritório não for enorme e com uma vista espetacular? Quem vai consertar tantas vidas vazias? Quem um dia poderá responder as minhas perguntas?
Muitas vezes não atingimos as metas que queremos, não conseguimos ser a pessoa que sonhamos. Cobramo-nos e sofremos e quanto mais nos cobramos, mais sofremos e mais nos afundamos em um terreno de tristeza. A infelicidade é um bicho que se espalha mais rápido que piolho ou bocejo, azeda a vida e apaga os sorrisos.
Acho que o melhor texto não chegará, nem o melhor homem do mundo, ou o melhor emprego do século. Acho que terei que ir arrumando os textos que escrevo. Ir gostando dos empregos que surgem (sem perder a ambição). Porém, me recuso a beijar sapos a vida inteira. Não desejo príncipes porque não nasci para ser princesa, me conformarei com ursos. Juro que sou flexível, mas talvez os sapos que vejo sejam demasiado “sapos” e o nevoeiro esteja tão intenso que não consiga encontrar minha varinha mágica, nem localizar a minha bússola.
Por enquanto, não sei a que rumo minha vida navega, mas espero conseguir enxergar melhor meu horizonte. Espero ver tudo com olhos de esperança, orgulho e satisfação pelas decisões que tomei no caminho. Espero poder gritar: Períodos de mudança se aproximando a noroeste! Ou, “In Other Words” calmaria de felicidade logo à frente!
Meu primeiro dia

Hoje é meu primeiro dia! Na verdade, nunca pensei em escrever um blog, sou jornalista, me apaixona escrever, mas sou um pouco tradicional, gosto do impresso. Porque o faço agora? Porque sou um tipo de pessoa que necessita paixão. Preciso ter um objetivo para levantar da cama. Preciso estar apaixonada pelo que faço, por mim, pelos meus amigos, pelo meu trabalho, meus estudos...
Algumas vezes sou um pouco (bastante) mística. É que apesar de haver nascido em Telêmaco Borba/Paraná/Brasil, fui criada em Salvador/Bahia/Brasil, uma terra cheia de magia. Lá, acendemos uma vela para Deus e outra para o Diabo. Sendo assim, e lembrando-me dos conselhos da minha avó, achei interessante começar no dia 11. Na verdade, 11/11 me pareceu mais fantástico ainda. Sob o signo de escorpião, movido pelo sexo. Porque ninguém é santo e sempre precisamos apimentar nossas vidas!
Hoje, vivo em Suécia, numa minúscula cidade chamada Växjö (se pronuncia Vécrô, com um erre muito suave, tipo francês). Não estou acostumada a viver em cidade pequena. Para complicar um pouco mais a situação, estou um pouco afastada da cidade, vivo numa espécie de bolha, que é o campus. Estou estudando meu segundo mestrado. O primeiro fiz em Madri, foi de Relações Internacionais na Universidade Complutense. Lá, vivi mais de dois anos. Agora, é de Paz e Desenvolvimento. Estou gostando do curso, mas sinto que minha vida tem muitas lacunas e procurarei preenchê-las aqui, com a ajuda de quem quer que leia as minhas linhas.
Também escreverei em espanhol, na esperança que meus amigos leiam, mas ainda não me atrevo escrever em inglês, porque tenho problemas com o idioma anglo-saxão (quero deixar claro que minhas aulas são em inglês, mas só o utilizo quando necessário).
Proponho-me a escrever sobre a aventura de viver no exterior, de conhecer outras culturas, sobre o choque cultural e sobre a aplicabilidade de algumas coisas que aprendo. Também haverá dias que falarei um monte de bobagens, porque sou assim. Minha esperança é manter o blog atualizado enquanto esteja em Suécia e espero não abandonar meu projeto pela metade!
Todos a bordo, o cruzeiro com direção ao meu mundo irá partir!